sábado, 18 de junho de 2011

Mato Grosso do Sul.


Estado de Mato Grosso do Sul

(Bandeira) (Brasão)

Hino: Hino do estado de Mato Grosso do Sul
Gentílico: sul-mato-grossense, mato-grossense-do-sul ou guaicuru




Localização
- Região Centro-Oeste
- Estados limítrofes Bolívia (NO), Paraguai (OS), GO (NE), MG (L), MT (N), PR (S) e SP (SE)
- Mesorregiões 4
- Microrregiões 11
- Municípios 79
Capital Campo Grande
Governo 2011 a 2015
- Governador(a) André Puccinelli (PMDB)
- Vice-governador(a) Simone Tebet (PMDB)
- Deputados federais 8
- Deputados estaduais 24
- Senadores Delcídio Amaral (PT)
Marisa Serrano (PSDB)
Waldemir Moka (PMDB)
Área
- Total 357 124,962 km² (6º) [1]
População
- Censo 2010 2 449 341 hab.
- Densidade 6,86 hab./km² (19º)
Economia 2008
- PIB R$33.145.000.000,00 (17º)
- PIB per capita R$14.188,00 (11º)
Indicadores 2008[2]
- Esper. de vida 74,0 anos (7º)
- Mort. infantil 17,4‰ nasc. (5º)
- Analfabetismo 8,1% (8º)
- IDH (2007) 0,830 (7º) – elevado[3]
Fuso horário UTC-4
Clima Subtropical, tropical de altitude e tropical Cfa, Cwa, Aw
Cód. ISO 3166-2 BR-MS
Site governamental www.ms.gov.br




Mato Grosso do Sul é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está localizado ao sul da região Centro-Oeste. Tem como limites os estados de Goiás a nordeste, Minas Gerais a leste, Mato Grosso (norte), Paraná (sul) e São Paulo (sudeste), além da Bolívia (oeste) e o Paraguai (oeste e sul). Possui uma área de 358.124,962 km², sendo ligeiramente maior que a Alemanha,Portugal e Japão. Sua população estimada em 2009 é de 2.360.498 habitantes, conferindo ao estado a 21ª população. Sua capital e maior cidade é Campo Grande, e outros municípios de importantes são Dourados, Corumbá, Três Lagoas, Ponta Porã, Naviraí, Aquidauana e Nova Andradina.

O estado constituía a parte meridional do estado do Mato Grosso, do qual foi desmembrado por lei complementar de 11 de outubro de 1977 e instalado em 1 de janeiro de 1979, porém a história e a colonização da região, onde hoje está a unidade federativa, é bastante antiga remontando ao período colonial antes do Tratado de Madri, em 1750, quando passou a integrar a coroa portuguesa. Durante o século XVII, foram instaladas duas reduções jesuíticas, Santo Inácio de Caaguaçu e Santa Maria da Fe do Taré, entre os índios Guarani na região, então conhecida como Itatim. Uma parte do antigo estado estava localizado dentro da Amazônia legal, cuja área, que antes ia até o paralelo 16, estendeu-se mais para o sul, a fim de beneficiar com seus incentivos fiscais a nova unidade da federação. Apesar de sempre se localizar na região Centro-Oeste, historicamente está vinculado mais ás regiões Sul e Sudeste por questões culturais e demográficas. Mato Grosso do Sul teve na pecuária, na extração vegetal e mineral e na agricultura, as bases de um acelerado desenvolvimento iniciado no século XIX.

Tem como bebida típica o tereré,[4] considerado o estado-símbolo dessa bebida e maior produtor de erva-mate da região Centro-Oeste do Brasil.[5] O uso desta bebida, derivada da erva-mate (Ilex paraguariensis), nativa do Planalto Meridional do Brasil, é de origem pré-colombiana. O Aqüífero Guarani compõe parte do subsolo do estado,[6] sendo o Mato Grosso do Sul detentor da maior porcentagem do Aqüífero dentro do território brasileiro.

Historicamente vinculado ao Sudeste e Sul (até o século XIII seu território, juntamente com o estado do Paraná, pertencia a província de São Paulo), Mato Grosso do Sul teve na agropecuária e na extração vegetal as bases de um rápido desenvolvimento iniciado no século XIX, enquanto norte minerador (atual Mato Grosso amazônico) vivia sua decadência.

O desenvolvimento desigual entre o norte e o sul do antigo estado de Mato Grosso inspirou movimentos separatistas desde o século XIX.[7] Os primeiros deles ocorreram em 1834 e foram reprimidos pelos portugueses. Novas lutas e tentativas de se criar o estado de Mato Grosso do Sul foram registrados durante o surto da borracha, o que exigiu intervenção federal em 1917. Em 1932 foi criada a Liga Sul-Matogrossense com fim de coordenar a campanha separatista. Apostando no Movimento Constituicionalista de São Paulo, os sulistas aliaram-se aos paulistas, em troca de seu apoio às reivindicações separatistas. Entre julho e outubro de 1932, foi constituído o "Estado de Maracaju", porém derrotado juntamente com os contitucionalistas. Vindo ao encontro dos interesses dos habitantes de Mato Grosso do Sul, havia já um plano para a redivisão do território brasileiro desde a Constituinte de 1823. Justificava-o sobretudo, a preocupação com os enormes vazios demográficos no Pará, Mato Grosso e Goiás.

Com a entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial, Getúlio Vargas decide desmembrar seis território estratégicos para serem administrados diretamente. É criado assim o Território Federal de Ponta Porã, desmembrado do sudoeste do antigo estado de Mato Grosso, território este remembrado ao Mato Grosso pela Constituição de 1946. A defesa da redivisão foi retomada pelos tenentes que participaram da Revolução de 30 e mais tarde, em 1950, por oficiais da Escola Superior de Guerra, que se dedicaram a examinar detalhadamente o assunto. Em 11 de outubro de 1977, o então presidente do Brasil, Ernesto Geisel, assinou a lei que finalmente desmembrava do território do Mato Grosso um novo estado, Mato Grosso do Sul. Entre os argumentos justificadores do ato incluíam-se imposições administrativas - o território era grande demais para ser administrado por uma só máquina administrativa - e preceitos da Doutrina de Segurança Nacional, que considera pouco recomendável a existência de estados grandes e potencialmente ricos na região de fronteira. O estado de Mato Grosso do Sul é oficialmente instalado em 1 de janeiro de 1979, sendo o primeiro governador Harry Amorim Costa, nomeado pelo presidente Ernesto Geisel.

O termo Mato Grosso do Sul é uma dissidencia de Mato Grosso, criada quando o estado foi desmembrado de MT. Já a origem do termo Mato Grosso é incerta, mas acredita-se que o seja originário da palavra guarani Kaagua'zú (Kaa bosque, mata e Guazú grande, volumoso), que significa literalmente Mato Grosso.[8]

Linguisticamente, o nome Mato Grosso do Sul se faz acompanhar por artigo definido, como acontece com nomes geográficos derivados de termos genéricos: "o Mato Grosso do Sul", "o Rio de Janeiro", "o Espírito Santo". Entretanto, este uso é contestado e há quem prefira eliminar o artigo definido: "em Mato Grosso do Sul".

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