quarta-feira, 15 de junho de 2011

Sergipe: Nossa história.


Siri-i-pe, palavra de origem tupi, significa “curso do rio dos siris”, ou simplesmente “rio dos siris”.
Na linguagem do colonizador, Siri-i-pe transformou-se em Sergipe.
Com a divisão do Brasil em Capitanias Hereditárias, o atual território sergipano fazia parte da capitania que se estendia da foz do rio São Francisco à Ponta do Padrão na Bahia, concedida a Francisco Pereira Coutinho, em 1534, por Carta de Doação.
As terras sergipanas, na época do descobrimento, eram habitadas por várias tribos indígenas. Além dos Tupinambá - tribo predominante que ocupava cerca de 30 aldeias ao longo do litoral -, havia Kiriri, Boimé, Karapató, Aramuru, Natu e Xocó - única tribo sobrevivente, que atualmente vive na Ilha de São Pedro, no município de Porto da Folha -, dentre outras.
Devido ao fracasso do sistema de capitanias, das quais só duas prosperavam, a Coroa portuguesa comprou, em 1549, a capitania, incluindo Sergipe - dos herdeiros do donatário, para sediar o governo-geral e nomeou Tomé de Souza como primeiro governador-geral da Colônia.
A primeira tentativa de colonização de Sergipe ocorreu a partir de 1575, quando os jesuítas Gaspar Lourenço e João Salônio percorreram algumas aldeias e por onde passaram, fundaram missões e ergueram igrejas dedicados a São Tomé - nas imediações do rio Piauí (supõe-se no atual município de Santa Luzia do Itanhy) -, a Santo Inácio - às margens do rio Vaza-Barris (Itaporanga D'Ajuda) -, e a São Paulo - provavelmente em território que hoje pertence ao município de Aracaju -, localizadas em terras dominadas pelos caciques tupinambás Surubi, Serigi e Aperipê.
Por ordem do rei Felipe II da Espanha e I de Portugal, Cristóvão de Barros fundou um arraial denominado de cidade de São Cristóvão, sede do governo, e deu à capitania o nome de Sergipe Del Rey, da qual foi nomeado o 1º capitão-mor.
Em 1696 Sergipe consegue sua autonomia jurídica com a criação da Comarca de Sergipe, sendo Diogo Pacheco de Carvalho nomeado como 1º ouvidor. Em 1698 foram instaladas as primeiras vilas: Itabaiana, Lagarto, Santa Luzia e Santo Amaro das Brotas.
No começo do século XIX, Sergipe tinha economia própria e o seu principal produto era o açúcar. Produzia-se também algodão, couro, fumo, arroz, mandioca e criava-se gado, exportado para as capitanias vizinhas.
No dia 08 de Julho de 1820, através de Decreto de Dom João VI, Sergipe torna-se autônomo, sendo elevado à categoria de Capitania. Finalmente, em 5 de dezembro de 1822, Dom Pedro I confirmou o decreto de 1820 que dava independência a Sergipe Del Rey.
O então presidente Inácio Joaquim Barbosa transfere o comando político-administrativo para o povoado de Santo Antônio de Aracaju, à margem direita do rio Sergipe. A mudança, movida por razões econômicas, gerou protestos em São Cristóvão.
Durante uma década, o Nordeste brasileiro viveu o clima do cangaço com o surgimento do bando chefiado por Virgolino Ferreira, o Lampião. O grupo percorreu Sergipe e mais seis estados nordestinos até 1938, ano em que foi surpreendido pela volante e morto junto com Maria Bonita e mais nove companheiros em seu esconderijo em Angico, no município de Poço Redondo, no vale do São Francisco.

Um comentário:

Anônimo disse...

Querido amigo seu Blogger é muito bonito, mas no que se refere a parte de música é falso! Sabemos que um historiador deve procurar as fontes primarias e as informações passados pelo nobre amigo fala sobre o novo canto são totalmente falsas! O Novo canto começou em 84! E digo isso porque no ano seguinte participei deste festival em 3 edições, como também, em São cristovão, Sescação, Tv sergipe ( começo dos anos 80) e outros) Antes que outros escrevam e mostrem a verdade seja o primeiro!! Um grande Abraço!Marco Aurelio!