sábado, 18 de junho de 2011

Cultura da Índia.


A cultura da Índia tem sido formada por sua longa história milenar, geografia única, demografia diversa, absorção de costumes, tradições e ideias de regiões vizinhas. Também, a preservação de heranças antigas, formadas durante a civilização do Vale do Indo e evoluídas durante a civilização védica, a ascensão e a queda do budismo, a era de ouro, as conquistas muçulmanas e a colonização europeia.


Inicialmente, a Índia era constituída por três etnias: negros (Dravidianos), orientais (mongóis) e brancos (caucasianos). Posteriormente, outros povos lá estiveram em vários períodos de sua longa história. Deve-se a isso a grande tolerância religiosa existente no país, uma vez que o povo está acostumado a conviver com uma enorme diversidade cultural, que inclui diferenças até mesmo nas línguas (que são realmente muitas).

A cultura indiana antiga dividia a sociedade em quatro categorias de ofícios e quatro de idades. Esse sistema tem o nome de Sanatana Dharma. Tal aspecto cultural gerou diversas distorções na sociedade contemporânea e, apesar de oficialmente banido, continua sendo infamemente praticado.

Os indianos, apesar das diversidades como linguagem, arte, música e cinema, são extremamente ligados à nação e aos ancestrais, o que os torna uma sociedade muito tradicional.

Segundo recenseamentos de 1961 e 1971, existem na Índia 1652 línguas vernáculas (sem agregação de estrangeirismos) e 67 línguas de ensino escolar em diversos níveis. A Constituição de 1950 tornou o hindi, escrito em ortografia devanágari, a língua oficial do país e enumerou as 15 línguas oficiais regionais: assamês, bengali, gujarati (ou gujerat), hindi, kanara, caxemira, malaiala, marathi, oriya, pendjabi, sânscrito, sindhi, tâmil, telugu, urdu. No entanto, o hindi encontrou uma certa resistência, particularmente nos Estados do sul e em Bengala, o que conduziu à manutenção do inglês como segunda língua privilegiada, de elite, que permite os contatos internacionais e a obtenção dos melhores empregos.

[editar] MúsicaA música da Índia, essencialmente improvisada, de caráter descritivo e emotivo, baseia-se em quadros rígidos, complexos e constantes, que constituem o único elemento transmissível. Deriva de vários sistemas pertencentes a grupos étnicos e lingüísticos distintos (mundas, dravidianos, arianos e outros). A música indiana, não tendo notação gráfica, consiste em um sistema de ragas que são memorizadas pelos executantes e que servem de base para as improvisações.

As ragas são uma es´pécie de modos com 5, 6 ou 7 notas sobre as quais é criada toda a música. Cada raga está associada a uma estação do ano ou a um momento do dia.

Após a invasão muçulmana, passou a ser elaborada segundo dois sistemas principais: o sistema do norte (hindustani) e o do sul (Karnático). Essa música é caracterizada pela existência de um grande número de modos. O modo não é simplesmente uma gama, mas comporta também indicações de intervalos exatos, ornamentados, estilo de ataque das notas para formar uma entidade e apresenta uma expressão e um estilo definidos: o raga ("estado de alma"). A oitava é dividida em 22 intervalos, permitindo uma consonância exata entre as notas. A rítmica, muito evoluída, possibilita arabescos de uma extrema sutileza.

O principal instrumento de cordas é a tambura (tampura); os principais instrumentos de sopro são as flautas e uma espécie de oboé. Entre os tambores, os mais importantes são o mridangam e o tabla. O tala é o gongo indiano. Entre os mais importantes musicistas indianos estão Ali Akbar Khan e Ravi Shankar (nascido em 1920 e que já se apresentou no Brasil).

Apesar da Índia ter uma sociedade pungente e moderna, com grandes aglomerados urbanos, universidades - muita milenares - um parque industrial fortíssimo produzindo desde agulhas a motores, aviões, etc, não perdeu suas características culturais, apesar de estar sofrendo um choque cultural.

A dança indiana inclui elementos descritivos, onde são narradas aventuras de deuses e heróis míticos.

CinemaA Índia tem uma grande indústria cinematográfica. É, em termos numéricos, a maior produtora do mundo. O número de filmes feitos na Índia é superior ao de qualquer outro país. Essa é uma paixão dos indianos. Os cinemas vivem lotados e eles amam seus astros e, diferentemente de outros lugares, tudo tem a cara da Índia, sem invasões culturais, preservando a identidade deste país. Esta diversidade, além de arquiteturas diferentes, é o que faz da Índia esse "Caldeirão Cultural".

Atualmente o cinema indiano, conhecido por Bollywood, é uma das maiores indústrias do mundo da sétima arte.

O filme Quem quer ser um milionário?, vencedor de oito oscars, é um filme britânico, mas filmado na Índia e elenco indiano.

ReligiosidadeÉ o país mais místico do mundo[carece de fontes?], com cheiro de incenso, cheio de guirlandas e santos vagando pelas ruas, convivendo lado a lado com uma população progressista, moderna. Nos dias atuais, muito da influência cultural ocidental tem permeado esta cultura.

As filosofias religiosas indianas - porque seus povos desenvolveram vários sistemas filosóficos que sempre estão associados à religião - são englobadas em cinco grupos principais: jainismo, sankhya e ioga, bramanismo, budismo, tantra

Ciência e tecnologiaQuase tudo na Índia é espiritualidade; o grande propósito da cultura indiana é conhecer Deus, seja em seus aspecto pessoal ou impessoal. O conceito do Zero nasceu na Índia. A primeira Universidade, com o significado atual da palavra, existiu em Nalanda, no estado de Bihar, nos tempos ancestrais.

A maior parte dos fundamentos da matemática do modo como entendemos hoje em dia deve-se à Índia, pois todo o sistema de numeração é indo-arábico, ou seja, os árabes buscaram na Índia e difundiram os algarismos que usamos até hoje. A fórmula de Bhaskara que foi criada na Índia é usada para resolver todas as equações de segundo grau.

A grande contribuição para o mundo além da filosofia, que faz parte da vida de todos os indianos, são os avanços na tecnologia da informação, pois a Índia hoje tem exportado Phd's na área de softwares principalmente para a Europa e EUA. No Brasil, o Departamento de Microeletrônica da Universidade de São Paulo, USP, o Instituto de Pesquisas Espaciais, INPE, e o IPEN, Instituto de Pesquisas Nucleares contam com profissionais indianos em cargos importantes. No campo da pesquisa espacial, o telescópio Chandra, da NASA, que leva o nome do físico indiano, é superior em tecnologia ao telescópio espacial Hubble, mais conhecido por ser responsável por telecomunicações. Outra área importante é a biotecnologia, campo que a Índia domina sobre muitos países.

Para os hindus, Varanasi é o local mais sagrado da terra, residência do deus Shiva. Os hindus acreditam que Varanasi é uma zona santa, o que contribui muito para a áurea sacra que permeia a cidade. A cada passo dado encontra-se referência a alguma cidade, ou uma imagem sua, e mais de uma centena de templos espalhados. Seus templos espalham-se por todas as pequenas ruas. Nessa parte da cidade conhecida como Varanasi, não se há trânsito, a não ser motos e bicicletas, que são os únicos meios de transporte que conseguem circular.

O rio Ganges atrai milhares de peregrinos todos os anos,para se banharem em sua águas sagradas. Mas essas águas sagradas também são o coração da cidade: tudo acontece às margens do Ganges. As pessoas se banham, lavam suas roupas, meditam praticam yoga e jogam críquete nos chamados Ghats of Gonga,degraus que permitem às pessoas aproximarem-se do rio.

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