sábado, 18 de junho de 2011

Rio Grande do Sul.


O Rio Grande do Sul é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Localizado na Região Sul, possui como limites o estado de Santa Catarina ao norte, o oceano Atlântico ao leste, o Uruguai ao sul, e a Argentina a oeste, sua capital é o município de Porto Alegre.

É o estado mais meridional do país, conta com o quarto maior PIB[5] - superado apenas por São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais -, o quinto mais populoso[2] e o quinto índice de desenvolvimento humano (IDH) mais elevado.[4]

O estado possui papel marcante na história do Brasil, tendo sido palco da Guerra dos Farrapos, a mais longa guerra civil do país. Sua população é em grande parte formada por descendentes de portugueses, alemães, italianos, africanos e indígenas. Em pequena parte por espanhóis, poloneses e franceses, dentre outros imigrantes.[6]

Em certas regiões do estado, como a Serra Gaúcha e a região rural da metade sul, ainda é possível ouvir dialetos da língua italiana (talian) e do alemão (Hunsrückisch, Plattdeutsch).[6]

Esse estado brasileiro originalmente teve sua economia baseada na pecuária bovina que se instalou no Sul do Brasil durante o século XVII com as missões jesuíticas na América, e posteriormente expandiu-se aos setores comercial e industrial, especialmente na metade norte do Estado.

O nome do estado originou-se de uma série de erros e discordâncias cartográficas, quando se acreditava que a Lagoa dos Patos fosse a foz do Rio Grande, que já era demonstrado em mapas neerlandeses, décadas antes da colonização portuguesa na região. Pelo que se sabe até agora, o primeiro cartógrafo dos Países Baixos a registrar a Lagoa dos Patos, ainda considerada o Rio Grande, foi Frederick de Wit, em seu atlas de 1670. Já o primeiro registro cartográfico feito por um neerlandês a mostrar o suposto rio com um formato próximo ao que é conhecido hoje da referida lagoa foi Nikolaus Visscher, em 1698. Apesar de ele não ter sido o primeiro a mencionar os índios Patos que habitavam suas margens e boa parte do litoral do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, foi ele quem associou o nome à lagoa. Por volta de 1720, açorianos vindos de Laguna vieram à região de São José do Norte buscar o gado cimarrón vindo das missões, possibilitando a posterior fundação da cidade de Rio Grande, no ano de 1737. A partir do nome do município, surgiu também o nome do estado do Rio Grande do Sul.[7]

Existem vestígios arqueológicos que atestam a existência de grupos indígenas na região desde 12 mil anos a.C., entre os principais grupos destacamos os minuanos e os guaranis.[8]

No século XVI, com a descoberta do Novo Mundo, o Rio Grande do Sul passou a fazer parte do reino espanhol pelo Tratado de Tordesilhas. Em 1627, jesuítas espanhóis criaram missões, próximas ao rio Uruguai, mas foram expulsos pelos portugueses, em 1680, quando a coroa portuguesa resolveu assumir seu domínio, fundando a Colônia do Sacramento. Os jesuítas espanhóis estabeleceram, em 1687, os Sete Povos das Missões.

Em 1737, uma expedição militar portuguesa comandada pelo brigadeiro José da Silva Pais foi enviada para garantir aos lusitanos a posse de terras no sul, objeto de disputa entre Portugal e Espanha. Para efetuar essa posse militarmente, José da Silva Pais construiu nesse mesmo ano um forte na barra da Lagoa dos Patos, que é a origem da atual cidade de Rio Grande, primeiro marco da colonização portuguesa no Rio Grande do Sul.

Em 1742, os colonizadores portugueses iniciaram uma vila que viria a ser Porto Alegre. As lutas pela posse das terras, entre portugueses e espanhóis, tiveram fim em 1801, quando os próprios sul-riograndenses dominaram os Sete Povos das Missões, incorporando-os ao seu território.

Em 1807, a área foi elevada à categoria de capitania. O município de Viamão antecedeu Porto Alegre como sede do governo. Durante o período colonial a região foi palco de inúmeros conflitos entre hispano-americanos e luso-brasileiros.

No século XIX, com a formação do Império do Brasil, a região seria elevada ao status de província e teve grande importância nos conflitos entre o recém formado império e as jovens repúblicas platinas, iniciando pela Guerra da Cisplatina. Foi no Rio Grande do Sul onde deflagrou uma das mais significativas revoltas durante o período regencial, a Guerra dos Farrapos (1835-1845), que perdurou até os primeiros anos do Segundo Reinado, sendo também um dos primeiros marcos na história, cultura e identidade da região. A província foi também importante na luta contra Juan Manuel de Rosas (1852) e na Guerra do Paraguai (1864-70). As disputas políticas locais voltaram a aflorar no início da República e só no governo de Getúlio Vargas (1928) o estado foi pacificado.

Grupos de alemães começaram a chegar a partir de 1824 e de italianos após 1875. O objetivo era ocupar o espaço do estado, a fim de fortalecer as fronteiras, formar batalhões estrangeiros e fomentar a economia.

Em meados de 1880, o estado apresentava uma economia de caráter fundamentalmente agropecuário, dividida em duas matrizes socioeconômicas: a atividade ligada à pecuária e ao charque na região da Campanha (sul do estado) e a agricultura e o artesanato colonial na Serra (norte do estado).

Atualmente, o Rio Grande do Sul é uma das 27 unidades federativas do Brasil e continua como referência em economia agrícola, apesar da relevante industrialização.

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