quarta-feira, 27 de julho de 2011

Antigo Egito


Antigo Egito (português brasileiro) ou Egipto (português europeu) foi uma civilização da antiguidade oriental do Norte de África, concentrada ao longo ao curso inferior do rio Nilo, no que é hoje é o país moderno Egito. Era parte de um complexo de civilizações, as Civilizações do Vale do Nilo, dos quais as regiões ao sul do Egito (hoje no Sudão, Eritreia, Etiópia e Somália) são uma parte. Tinha como fronteira a norte o Mar Mediterrâneo, a oeste o deserto da Líbia, a leste o deserto Oriental Africano e a sul a primeira catarata do rio Nilo.
A civilização egípcia se aglutinou em torno de 3150 a.C. com a unificação política do Alto e Baixo Egito, sob o primeiro faraó, e se desenvolveu ao longo dos três milênios. Sua história ocorreu três grandes reinos marcados pela estabilidade política, prosperidade económica e florescimento artístico, separados por períodos de relativa instabilidade conhecidos como Períodos Intermediários. O Antigo Egito atingiu o seu auge durante o Império Novo, uma era cosmopolita durante a qual o Egipto dominou, graças às campanhas militares do faraó Tutmés III, uma área que se estendia desde Curgos (na Núbia, entre a quarta e quinta cataratas do rio Nilo) até ao rio Eufrates. após o que entrou em um período de lento declínio. O Egito foi conquistado por uma sucessão de potências estrangeiras, neste período final. O governo dos faraós terminou oficialmente em 31 a.C. quando o Egito caiu sob o Império Romano e se tornou uma província romana, após a derrota da rainha Cleópatra VII na Batalha de Ácio.
A civilização egípcia foi umas das primeiras grandes civilizações da Humanidade e manteve durante a sua existência uma continuidade nas suas formas políticas, artísticas, literárias e religiosas, explicável em parte devido aos condicionalismos geográficos, embora as influências culturais e contactos com o estrangeiro tenha sido também uma realidade.
O sucesso da antiga civilização egípcia foi causada em parte por sua capacidade de se adaptar às condições do Vale do rio Nilo. A inundação previsível e a irrigação controlada do vale fértil produziam colheitas excedentes, o que alimentou o desenvolvimento social e cultural. Com recursos de sobra, o governo patrocinou a exploração mineral do Vale e nas regiões do deserto ao redor, o desenvolvimento inicial de um sistema de escrita independente, a organização de construções coletivas e projetos de agricultura, o comércio com regiões vizinhas, e campanhas militares apara derrotar os inimigos estrangeiros e afirmar o domínio egípcio. Motivar e organizar estas atividades foi uma burocracia dos escribas de elite, líderes religiosos, e dos administradores sob o controle de um faraó que garantiu a cooperação e a unidade do povo egípcio, no âmbito de um elaborado sistema de crenças religiosas.
As muitas realizações dos antigos egípcios incluem o levantamento de pedreiras, e técnicas de construção que facilitaram a construções das monumentais pirâmides, templos e obeliscos, um sistema de matemática, um sistema prático e eficaz da medicina, sistemas de irrigação e técnicas de produção agrícola, os primeiros navios conhecidos, faiança egípcia e tecnologia com vidro, novas formas de literatura e o mais antigo tratado de paz conhecido. O Egito deixou um legado duradouro. Sua arte e arquitetura foram amplamente copiadas e suas antiguidades levados para cantos distintos do mundo. Suas ruínas monumentais inspiraram a imaginação dos viajantes e escritores há séculos. Um novo respeito por antiguidades e escavações no início do período moderno levou a investigação científica da civilização egípcia e uma maior valorização do seu legado cultural, para o Egito e o mundo.

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